terça-feira, outubro 09, 2007

Ser Português de Portugal - 1ª Parte

O mui inteligente leitor, e assíduo leitor deste blog pode estar neste momento, e após ler o título desta próxima dissertação, a pensar o seguinte: "Olha... pirou de vez... SER PORTUGUÊS DE PORTUGAL... que raio de título... como se houvesse outro tipo de Português."
Para si... caro leitor deste blog... ou como se diz na minha terra... "Meu Borrado"... a resposta ém, SIM!!! Existe um outro tipo de Português... O português que (espantem-se!!) Não é de Portugal. Aquele que apesar de ter a nossa nacionalidade, num dia de esperteza certamente, optou por deixar este país de batatas, repolhos e alguns (muitos) nabos e partiu para onde certamente se sente feliz... Em França a lavar escadas!!!

É prática comum a dos comediantes fazer de Portugal, das suas tradições, das suas gentes, dos seus governantes, a inspiração para piadas, para textos humorísticos para... bem... para puro e duro Gozo!!!
E porquê???.. perguntam agora os milhares de leitores!!
Simples...
Porque realmente Portugal, as suas tradições, as suas gentes e os seus governantes fazem questão de dia após dia, de SER motivo jocoso por entre aqueles a quem Deus atribuiu a árdua tarefa de Gil Vicente!!! (e não... não tou a falar do pastor que preside o clube de futebol de barcelos).

Faz dias, ouvi numa reportagem sobre a comunidade europeia, algumas comparações sobre as diversas républicas da UE.
Uma das coisas curiosas que me despertou a atenção acontecia na Alemanha, onde junto a uma estrada do interior se encontrava uma banca com abóboras.. isso mesmo.... abóboras, e junto a essa banca estava uma máquina algo parecida com um comum parquímetro.
Ou seja... uma banca de abóboras e uma máquina de pagamento (parquímetro)... e ninguém a tomar conta daquilo. Uma banca... uma máquina para pagamento... nada mais.
A intenção lá está (como se fosse muito óbvio) era a que quem passasse por aquela estrada e desejasse uma abóbora, bastava retirar a que mais lhe agradasse da banca, e metesse uma moeda na dita máq. de pagamento, podendo seguir a sua viagem.
A grande dissertação que podemos retirar daqui, é a do elevado gra de confiança que existe neste tipo de transacção.
Pois bem.. retomemos o nosso papel de portugueses, e coloquemos a mesma situação no nosso Portugal.
Uma Banca de Abóboras e uma máquina de pagamento no meio da Estrada Nacional 245 que liga Piães e Cabeça de Porca...
No final do dia o que é que o Agricultor iria encontrar????
A barraca desmanchada para lenha, as abóboras em formato halloween colocadas em forma de pila ao lado do sitio onde estava a barraca, e a máquina de pagamento estroncada porque alguém se lembrou que lhe fazia jeito o1.25 € que um inocente tinha colocado.



(continua)