Problemas laborais II.

Olá camaradas!

Hoje podia-vos falar sobre a FOLGADA vitória que ontem o Benfica obteve frente a esse grande clube de craveira Mundial que é o Lille. Só não o faço porque penso que os ataques de riso daí resultantes podem causar graves lesões vasculares nos nossos prezados leitores!

Assim sendo, prefiro voltar ao tema de ontem (que nem sequer comecei!).

O desemprego em Portugal está a atingir niveis alarmantes e não pára de subir, a par disto existem muitos outros problemas laborais, que levam a que os poucos empregos que ainda existem sejam instáveis!

Vamos imaginar alguém que trabalha no Centro de Emprego. Tal como qualquer outro cidadão portugues, esta pessoa também pode ser despedida ou ver o seu contracto terminar. Quando isso lhe acontecer, onde é que se deve dirigir? Ao Centro de Emprego??? Sai de trás do balcão e vai para a fila que ainda há segundos estava a atender? Mas agora há um problema: como o Centro de Emprego tem menos um funcionário, essa pessoa tem que esperar mais até vir a ser atendida! Então e se há minutos lhe pagavam para estar no Centro de Emprego, agora continua lá sem que lhe paguem? Está mais que visto: a melhor forma para evitar o desemprego é trabalhar num Centro de Emprego! Quando somos despedidos, inscrevemo-nos lá e os nossos ex-colegas rapidamente arranjam forma de nos arranjar um emprego!

Se um médico sentir uma forte dor de cabeça e para acalmar a dor tomar uma Aspirina, 10 minutos depois de ter terminado o seu horário de trabalho, pode-se considerar que está a fazer horas extraordinárias???

Se um coveiro ou um agente funerário morrer durante o seu horário de trabalho, pode ser despedido com justa causa?

Um arqueólogo ganha mais por fazer escavações na sala de trofeus do Benfica?

E um mineiro? (Esta frase foi censurada porque fazia alusões negativas ao orificio anal de José Castelo-Branco).

Quando um mergulhador se afoga...é acusado de negligencia?

Se o Simão Sabrosa marcar um golo sem ser de grande penalidade, pode levar com um processo disciplinar?

São estas e outras perguntas que fazem com que os cidadãos do Burundi tenham um sistema laboral mais estável que o portugues!

Eu cá vou todos os dias ao Centro de Emprego! Estou sempre á espera que aquela senhora simpática que me atende seja despedida para eu me candidatar ao lugar dela! Mas na realidade eu acho que já nem preciso disso: eu passo tanto tempo no Centro de Emprego que toda a gente pensa que eu já trabalho lá!

Despeço-me com amizade! Até Breve!