segunda-feira, setembro 17, 2007

A Opinião Teórica



A minha admiração pela Antena3 tem mais ou menos metade dos anos desta estação... Ora se a antena tem quase 14 anos... bem.. é fazer as contas.

Cresceu de forma natural, cresceu a partir do momento em que aprendi a ouvir rádio, que aprendi a distinguir o que é sempre igual do que não é normal.
E é isto que a Antena3 é!!! Anormal...
Enquanto algumas estações teimam em continuar com as "grandes músicas", com os êxitos do passado... A estação mais jovem do grupo RDP aposta em música nova, aposta em eventos jovens, e acima de tudo aposta... em bandas nacionais... sejam elas jovens ou já crescidas.

Por tudo isto e mais qualquer coisa, eu sou um confesso admirador da 3.
Contudo, tudo o que é jovem exige mudança, e foi isso que a direcção da 3 decidiu fazer... quase 7 anos depois da última grande mudança. E é sobre essa mudança que apresento a minha primeira opinião... para já teórica... sendo a prática apresentada quando ouvir o suficiente destas mudanças.

Por si só a vontade de mudar é bom, é sinónimo duma ideia de evolução, de querer dar mais e melhor de todos e de cada um. E é isso que os profissionais da 3 gostam de dar... Gostam de mostrar o profissionalismo que os levou a abraçar a carreira radiofónica.

A primeira ressalva vai para as "vozes" que entram para a equipa. Rui Unas, Ana Bola, Clara Pinto Correia e Pedro Boucherie Mendes são apenas algumas dessas figuras, mas o nome mais surpreendente vai para Claudia Semedo, que avança directamente para as manhãs.
As Manhãs são um horário importantíssimo, é necessário ter uma boa dose de boa disposição para dar, e uma enorme dose de loucura para libertar... tudo para animar quem sofre com o acordar... A Claudia Semedo embora tenha experiência televisiva, julgo que não tenha para já o traquejo radiofónico para agarrar pelos "cornos" esta oportunidade, embora o potencial comunicativo está lá.

O programa "Cómicos de Garagem" quer dar oportunidade aos novos talentos do humor nacional... A ideia parece boa, o horário já algo tardio pode dificultar a ideia, mas o conceito parece bastante apelativo. Rui Unas, com a experiência do "falecido" Cabaret da Coxa, tem o "know how" para conseguir dar o sucesso que um programa destes pretende. Não tenho dúvidas que novos criativos irão emergir com naturalidade.

Nações Unidas, da meia.noite às duas liderado por Rui Estêvão, que transita das tardes para a noite, junta ainda António Freitas, Nuno Calado e Rui Miguel Abreu, e pretende um debate aberto entre os porta-voz de diversos estilos de música. A ideia é interessante, e quer os intervenientes quer os amantes de música, podem sair a ganhar.

Embora existam inúmeras alterações, há algumas que podem não agradar a muitos dos ouvintes, uma delas é a redução do programa Prova Oral de 5 para 4 edições semanais ( de 2ª a 5ª), Quando muitos apregoavam um aumento de horas na emissão diária, deu-se a redução.
Uma outra alteração, é a extinção da 5.ª dos Portugueses, dia inteiramente dedicado às bandas nacionais.
Apesar de esta ser uma ideia louvável, acabava por saturar o ouvinte com uma excessiva repetição.
Não é por se ter um massacre diário de bandas nacionais, que elas vão sair mais beneficiadas. O conceito irá permanecer, nem outra coisa seria de esperar, mas ao invés de um dia dedicado aos portugueses, teremos uma semana inteira mas devidamente distribuída.

Para quem condenava a "fraca prestação o serviço público", os mesmos que foram fazer queixinhas ao Provedor do Ouvinte, esta mudança é uma franca resposta.
O aumento dos boletins noticiosos, das discussões de temas actuais (esperemos que não falem da Maddie), o alargamento semanal da quota de música de "fabrico" nacional, as novas oportunidades aos novos criadores, a continuação dos programas de autor e a criação de mais alguns... é de louvar e de aplaudir.

Agora, falta mesmo ouvir diariamente as emissões, e apresentar brevemente uma opinião bem mais prática.

Quem quiser dizer qualquer coisa sobre o tema... está à vontade:) mandem os vossos bitaites!!!